sábado, 18 de abril de 2009

B-52’s botam 2 mil pessoas para dançar no Rio

Por Mario Abbade
Fotos Gabriela Magnani

Denominada a "banda mais animada do planeta", o B-52s mostrou para as 2 mil pessoas que comparecem ao Citibank Hall, no Rio de Janeiro, porque ostentam esse título. Foram 1h30m de música dançante com um desempenho entusiasmado dos membros do grupo que contagiaram o público formado por trintões e quarentões.
O B-52s só tinha vindo ao Brasil uma única vez, quando se apresentaram no primeiro Rock in Rio, em 1985. De lá pra cá, a banda continua com a mesma formação, com a exceção do guitarrista Rick Wilson, que morreu de AIDS meses depois dos shows no Rio de Janeiro. Esse retorno ao Brasil marca a turnê mundial "Funplex", em que os norte-americanos Kate Pierson, Fred Schneider, Keith Strickland e Cindy Wilson (irmã do falecido Rick), divulgam o álbum homônimo lançado ano passado. Vale ressaltar, que antes de "Funplex", o último trabalho da banda foi "Good Stuff" de 1992.
O show estava marcado para as 22h. Porém, quem chegou antes pode acompanhar o trabalho de uma DJ, que mixava antigos sucessos dos anos 80 e 90 com o objetivo de esquentar o público. Com quarenta minutos de atraso, o B-52s subiu ao palco e transformou o Citibank Hall em uma grande danceteria. Eles abriram com "Pump", do álbum "Funplex". Acompanhando a banda, mais 3 músicos: um baterista, um baixista e um tecladista.
O palco tinha uma estrutura bem simples, em que a única decoração era um pano preto no fundo. O destaque ficou a cargo de quatro torres compostas por 3 grupos de spots coloridos, posicionadas ao longo do fundo do palco. Em cima de cada torre um potente estroboscópio.
Antes de começar a segunda música, "Mesopotamia", Fred perguntou se estava tudo bem. Durante a execução da canção, Cindy, Fred e Kate ensaiaram típicas coreografias egípcias. Em "Ultraviolet", a terceira música, Fred explicou que a canção era sobre o ponto G.
Depois desse começo com músicas pouco conhecidas por boa parte do público, o B-52s disparou "Private Idaho", um dos maiores sucessos radiofônicos da banda. Nesse momento, todos os presentes começaram a sacolejar os ossos. O ritmo dançante continuou com "Give Me Back My Man" (cantada por Cindy enquanto Kate tocava chocalho), "Funplex" (que segundo Fred, é uma homenagem ao passeio dominical no shopping) e "Strobe Light", do álbum "Wild Planet".
Com a intenção de recuperar o fôlego da platéia, Fred anunciou: "Agora vou tocar uma música bem triste". Foi a deixa para "Quiche Lorraine". Depois veio "Juliet of the Spirits" (mais uma do disco "Funplex") e "Roam" (do álbum "Cosmic Thing"), que foi cantada em uníssono pelo público. Ambas as músicas foram executadas sem a presença de Fred, já que são Cindy e Kate as responsáveis pelo vocal.
A apresentação continuou dessa forma, com o B-52s tocando hits, como "Party out of Bounds" e uma do disco novo "Hot Corner". Antes de "Channel Z", Fred declarou sua fé no novo presidente dos EUA: "As coisas estão melhores desde que Obama assumiu". Depois de "Channel Z", apresentou a banda e emendou "Love Shack", mais uma que foi recebida euforicamente pelo público.
Ao final, o B-52s agradeceu e se despediu. Depois de três minutos, uma forte luz avermelhada invadiu o palco. Ao mesmo tempo iniciou os primeiros acordes de "Planet Claire", uma das canções mais representativas do estilo new wave da banda, que mescla os vocais harmônicos de Cindy e Kate com a palavra falada de Fred. Para completar o bis, "Keep This Party Going", do álbum "Funplex" e o antigo sucesso "Rock Lobster", do primeiro disco da banda, lançado em 1979.
A turnê continua amanhã (18/04) em São Paulo, no Credicard Hall, e no Teatro do Porto Alegre Country Club, na capital gaúcha, dia 20 de abril.
Setlist:
Pump
Mesopotamia
Ultraviolet
Private Idaho
Give Me Back My Man
Funplex
Strobe Light
Quiche Lorraine
Juliet of the Spirits
Roam
Party out of Bounds
Love in the Year 3000
Hot Corner
Channel Z
Love Shack
Bis:
Planet Claire
Keep This Party Going
Rock Lobster


Fred Schneider

Cindy Wilson

Kate Pierson

Keith Strickland

 

Gosto muito da banda, mas só o fato de não terem tocado Legal Tender já seria um motivo para se criticar.

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