quinta-feira, 4 de junho de 2009

Que bom ser uma subsede da Copa

Patrício Júnior

Eu quero ir pra Rancagua. Aliás, eu tenho que ir pra Rancagua. Há diversos e infinitos motivos para querer conhecer essa cidade. Um deles é que ela se localiza no Chile, um dos países mais legais da América do Sul. Mas a principal razão para querer gastar todas as minhas economias em Rancagua é que ela foi uma das cidades-sede da Copa do Mundo do Chile, realizada em 1962. Só isso já é motivo suficiente para largar tudo e ir pra lá.

Por ter sido subsede de uma Copa da FIFA, Rancagua deve ser uma cidade moderníssima. Deve ter VLT, metrô, trânsito perfeito, ruas sempre limpas, aeroporto internacional, zero de analfabetismo, zero de mortalidade infantil, zero de prostituição. Rancagua deve o ser o paraíso. Já posso antever minha chegada à cidade, desembarcando num dos aeroportos mais modernos que já conheci, para ser saudado por gente educada e bem nutrida, que não enfrenta problemas comuns ao terceiro mundo como tráfico de drogas, violência urbana, fome, corrupção e falta de saneamento básico. Mas lá não. A Copa colocou definitivamente Rancagua no mapa das grandes cidades do mundo. Que subsede, gente, que subsede!

Você já deve ter ouvido falar dessa cidade-modelo, com certeza. Afinal, uma subsede de Copa do Mundo entra definitivamente para o imaginário popular como um El Dorado de perfeição e desenvolvimento. Rancagua faz parte de um roteiro turístico disputadíssimo de cidades-sede da Copa, exaustivamente divulgado e internacionalmente conhecido. E disputa atenções do mundo inteiro com outras cidades-sede como Toluca, Middlesbrough, Ibaraki, Valladolid, Norrköping, Gelsenkirchen e sua maior concorrente nesse multimilionário mercado turístico: Busan, na Coréia do Sul. Você já deve ter ouvido falar de Busan. Tenho certeza.

Ah, como eu quero deslizar macio pelas ruas de Rancagua, no seu asfalto sem buracos, sem imperfeições, sem engarrafamentos. Como eu quero passear pelos parques da cidade, desfrutar da vista panorâmica que a torre de Oscar Niemeyer propicia. Claro que deve haver uma torre com vista panorâmica assinada por Oscar Niemeyer em Rancagua. Afinal, toda cidade realmente desenvolvida tem uma torre com vista panorâmica assinada por Oscar Niemeyer.

Nos fins de tarde, vou passear pelas praias urbanas de Rancagua e ver como a Copa do Mundo de 1962 trouxe à cidade um amplo entendimento de que aquilo deve pertencer aos moradores de lá e não aos turistas. E vou notar que não há prostituição infantil, nem tráfico de drogas, nem conivência das autoridades com delitos que mancham a paisagem de Rancagua com vergonha e pedofilia e exploração sexual e subserviência ao poder do euro.

Antes de sediar uma Copa, imagino, Rancagua deveria ser um caos. Trânsito estrangulado, disputas inócuas pelo poder, prefeitura inoperante, gente que se importava muito mais com a aparência do que com a essência. Mas depois da Copa de 1962, nossa, tudo deve ter mudado. Buracos foram extintos das ruas, favelas foram 100% urbanizadas, a cidade como um todo foi beneficiada pelo frenesi que tomou conta da região em pouco mais de um mês de Copa do Mundo.

Ah, sim, e o estádio! Nossa senhora, que estádio! O antigo Tenientón deve ter sido substituído pelo suntuoso Estádio El Teniente, numa obra faraônica que foi uma das principais responsáveis por elevar a cidade a um dos centros mundiais do esporte bretão. Crianças, jovens, adultos, todos devem ter sido tomados pela alegria efusiva e incontrolável de ser uma subsede. E completamente envoltos por esse sentimento, passaram a praticar esportes todos os dias, sem tréguas (sábados domingos e feriados inclusos), para elevar a população de Rancagua ao posto de povo mais saudável do planeta. Tomara que tenha alguma partida do América de Rancagua contra o ABC Rancaguense. Seria realmente inesquecível.

Já comprei minhas passagens. Ninguém me segure. Vou passar férias em Rancagua de qualquer jeito. E se por acaso eu não voltar, não se preocupe, é normal. Dizem que os gringos costumam ficar por lá. Não deve ser pelas mulheres fáceis, nem pela vista grossa das autoridades a delitos leves como prostituição infantil, nem muito menos pela falta de fiscalização sobre o que entra e sai do país através do aeroporto da cidade. Deve ser pelo ar. Dizem que Rancagua tem o 2º ar mais puro das Américas. Você já deve ter ouvido falar disso.

Total Eclipse of The Heart literal - simplesmente magnífico

Cardoso

Eu já vi muitas versões literais, mas essa é magnífica. Está rodando nas internets faz alguns dias, não tive tempo de postar, e a maioria já deve ter visto, mas não interessa. Eu PRECISO registrar minha apreciação pelo trabalho.

 

J.R.: Mijei de rir

Calúnia Homofóbica Parlamentar contra o CQC

Cardoso

Eu tenho lá minhas restrições quanto ao programa, mas devo reconhecer que os integrantes do CQC são profissionais que não brincam em serviço, encarando seu trabalho com o máximo de seriedade.

Por isso fiquei chocado ao ver o ataque gratuito do Deputado Sérgio Moraes atingindo Danilo Gentili, que o estava entrevistando. Danilo não merecia tal ataque; não estava ali para ser tratado como palhaço; estava trabalhando e como profissional sério tal deveria ser respeitado.

Mesmo assim o Deputado respondeu a Danilo com a seguinte frase:

"Você é um veado. Eu vi você comendo veado"

O Deputado, em sua gratuita e desnecessária tentativa de deixar Danilo Gentili sem-graça conseguiu se mostrar  um (péssimo) exemplo de homofobia. Dessa história, só posso fazer duas observações:

1 - Onde o Deputado estava, para testemunhar o Danilo Gentili em momento íntimo de conjunção carnal homoerótica?

2 - O Deputado não sabe que no Brasil só é viado quem dá, não quem come?

O problema do jornal online é que não serve nem pra limpar a bunda

Cardoso

O estado da imprensa tradicional é terminal, vemos notícias de jornais de 150 anos fechando as portas, associações de órgãos de imprensa tentando culpar e processar o Google e muita gente tentando evitar ou adiar o inevitável.

EU não acho que o jornalismo irá morrer. É como dizer que a crônica vai morrer por causa da Internet. Poxa, um bom post do Inagaki é o quê? Este post do Burgos é um excelente exemplo de jornalismo. Tem tudo que não se vê na maioria dos blogs: Pesquisa, explanações detalhadas, bom-senso.

O New York Times tem uma excelente massa de assinantes, gente que paga para ler o jornal online. Motivo? Confiam no conteúdo. Sabem que vão receber uma matéria de qualidade.

O que não dá é para montar uma presença online feita nas coxas. Tenho amigos na área online de diversos jornais, e nunca vi tanta má-vontade. As histórias de terror se repetem, os jornais montam estruturas de Internet por obrigação, quem trabalha nelas é visto como jornalista de 2a classe, e lhes é exigido trabalho de 2a classe. No final, acabam contratando jornalistas de 2a classe, afinal é o que querem.

Acho que toda uma geração de editores está tentando sabotar o jornalismo online, para dizer "viu? Falei que esse negócio de Internet não funciona". Vejam por exemplo o Jornal do Brasil. Durante décadas foi respeitado, era um instrumento de oposição ao Globo, visto como governista. Gente do nível de Carlos Drummond de Andrade escrevia no JB.

Agora, no ocaso de seus anos, o Jornal do Brasil mostra que está pronto para destruir sua presença online, tratando leitores como idiotas e produzindo material de 5a categoria, já que a 2a não é mais a meta. Vejam esta pérola:

Isso mesmo. De novo, caso você não tenha lido direito:

"A ambientalista Telma Lobão, engenheira agrônoma e funcionária do esxtado da Bahia, tem uma tese para o desaparecimento do Airbus da AirFrance que fazia a rota Rio Paris. segundo ela, o avião pode ter sido engolido por um buraco negro."

Essa talvez seja uma das idéias mais idiotas que já vi na vida. Os conhecimentos de física da cidadã condizem com o que se esperaria de uma engenheira agrônoma, Ela com certeza não está encarregada pelo CERN para cuidar do LHC.

Embora idiota, a teoria da criatura não é muito distante do que vemos nas absurdas caixas de comentários da maioria dos jornais, só que a Folha e o Globo tem a decência de não publica como matéria esses disparates.

Existe um velho ditado que diz que o papel aceita qualquer coisa, mas a Internet demonstrou que besteira MESMO, tem que ser online. Por isso portais de notícia não tem ombudsman ou errata, iriam trabalhar 24/7. Na pressa de publicar muito, na impunidade do espaço infinito, vale tudo.

Só que publicar qualquer lixo não é fazer bom jornalismo. Droga, não é nem fazer bom blog. Em um mundo novo, onde a CNN disputa relevância, mesmo que momentânea com um sujeito cujos dois únicos méritos no mundo são comer a Demi Moore e ter feito "Cara, cadê meu carro?" credibilidade é tudo.

Nosso NOME é nosso maior bem. Seja você o Morróida ou o Washington Post. Só que nome não dura para sempre. Um bom exemplo é Twitter de Celebridades. Muita gente entra, vê que o sujeito só escreve uma vez ao dia dizendo que vai ao banheiro. Resultado? UNFOLLOW.

Um jornal não vai sobreviver online apenas por ter nome, tradição, seriedade, credibilidade, competência e respeitabilidade na versão em papel. Isso vai servir para atrair leitores, não para mantê-los. Eu acho que nosso ecossistema precisa sim dos órgãos da grande imprensa. Não me importa que não sejam tão ágeis, o Twitter é inútil para cobrir em detalhes um acidente aéreo, por exemplo. Ele diz "caiu", e "onde" caiu. Quem, porquê, como, quem vai responder é o jornal, online ou não.

Só que não vai ser o jornal que publica matérias de buracos negros engolidores de aviões.

Sacanear é uma arte…

…da qual os tolos jamais se beneficiarão.

Old Times

Direto do túnel do tempo…

Foto-mensagem

Iniciativa

Expressão Facial

U2

Coragem

Coleguismo

Tatuagens

Vôo 447 da Air France no twitter

abdulzido
Pois para ser “abdulzido”, basta estar vivo!

Jaqueline Khury, ex-BBB, já se pronunciou sobre a caso do sumiço do vôo 447 no twitter. O erro gramatical caiu como a cereja do bolo nesse tweet, dizem alguns simpatizantes do microblog. Até porque, misturar física quântica com ETs e forças sobrenaturais é uma obra que poucos conseguem transformar numa mensagem de até 140 caracteres.

De qualquer forma, força para as famílias dos envolvidos em mais um epsódio bizarro da história da aviação mundial.

Vídeo motivacional do Barça para a final da Liga

Um jornalista fez um vídeo a pedido do técnico Pep Guardiola do Barcelona, com a intenção de motivar os jogadores antes da grande final da Liga dos Campeões. O vídeo traz imagens dos gols e grandes lances do Barça na temporada, além de cenas do filme “O Gladiador”.

É de arrepiar!

Igreja Universal entrega diploma com assinatura de Jesus Cristo a fiel.

A Igreja Universal do Reino de Deus foi condenada a devolver ao fiel Edson Luiz de Melo todos os dízimos e doações feitas por ele. De acordo com o processo movido por sua mãe, Edson, que é portador de enfermidade mental permanente, passou a freqüentar a igreja em 1996 e desde então era induzido a participar de reuniões sempre precedidas e/ou sucedidas de contribuição financeira.

diploma-jesus

Segundo o advogado que representou o fiel, Walter Soares Oliveira, a quantia total a ser restituída será apurada com base nas provas, mas certamente ultrapassará os R$ 50 mil. Além de devolver as doações, a Igreja Universal ainda terá de indenizar o fiel em R$ 5 mil por danos morais.
No processo consta que “promessas extraordinárias” eram feitas na igreja, em troca de doações financeiras e dízimo. Teria sido vendida a Edson Luiz, por exemplo, a “chave do céu”. A vítima também recebeu um “diploma de dizimista” assinado por Jesus Cristo. Com isso, as colaborações doadas mensalmente chegaram a tomar todo o salário do fiel, que trabalhava como zelador.

Em virtude do agravamento de sua doença, Edson foi afastado do trabalho, quando então passou a emitir cheques pré-datados para fins de doação à igreja. Ele ainda fez empréstimos em um banco e vendeu um lote por um valor irrisório, para conseguir manter as doações à instituição religiosa.

Em 1ª Instância o juiz havia ponderado que a incapacidade permanente do fiel só se deu a partir de 2001, quando houve sua interdição. Dessa forma, ele entendeu que a igreja não poderia restituir valores de doação anteriores àquele ano, motivo pelo qual estipulou em R$ 5 mil o valor que deveria ser devolvido.

Já em 2ª Instância, o desembargador Fernando Botelho, relator do recurso, considerou que o fiel não tinha “condições de manifestar, à época dos fatos, livremente a sua vontade, já que dava sinais (quando da emissão dos cheques de doação à igreja) de ter o discernimento reduzido” sendo “os negócios jurídicos ali realizados nulos”, e por isso determinou, juntamente com os outros dois desembargadores, a devolução do valor integral das doações.

 
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