terça-feira, 12 de maio de 2009

Crianças, tarados e vida fácil

Eu compartilho da mesma dor de Cardoso

É fato público e notório que eu não gosto de crianças. Se eu fosse tarado ou canibal, em ambas as situações comeria as mães primeiro.

Por causa disso eu atraio crianças mais do que uma van sem placas, de janelas tampadas, escrito “doces grátis” na lateral. E não é de hoje. Com 13 ou 14 anos, voltando do colégio sentou atrás de mim no ônibus uma mulher com cara de avó e um moleque falador, de 4 ou 5 anos (sou péssimo em avaliar idade de crianças. Meritíssimo.). Uma hora, do nada, a DOIS pontos da minha casa, o moleque simplesmente vomita. Não golfa, não arrota molhado. Vomita, em jorros, DIRETO NAS MINHAS COSTAS.

Eu levantei gritando “putaquepariu”, quem viu estava em choque, ainda nem tinham começado a rir. A mulher:

“Ah, ele já estava enjoado mesmo” - Assim, não pediu desculpas, nem nada. Porque era uma porra de uma criança eu tinha que sorrir e sair saltitando.

“Porra minha senhora se ele estava enjoado por que trouxe pra andar de ônibus. Por que não arrumou um saquinho, uma toalha, não colocou essa porra desse guri na JANELA?”

Isso dito gritando. A mulher não falava nada, mas me olhava com raiva, afinal EU havia levado uma vomitada nas costas, então obviamente a culpa era minha. Felizmente (para ela) meu ponto havia chegado. Tirei a camisa do colégio, limpei as costas e joguei em cima da mulher, com mais alguns xingamentos. Chegando em casa minha mãe perguntou onde estava a camisa. Acho que ela ficou feliz de não ter que lavar aquela caca.

Ontem descobri que aquelas desculpas esfarrapadas dadas por padres e pedófilos em geral, que dizem que foram seduzidos, que os garotinhos e garotinhas se atiravam neles, pois bem: Como diria Orson Welles (outro com cara de comedor de criancinha) é tudo verdade.

Estava eu no bar/restaurante aqui atrás de casa (estou no Rio por uns dias) no final da tarde, já anoitecendo. Eu fico quieto em uma mesa vendo filmes no iPod Touch. Isso claro atrái crianças, mas em geral minha expressão de Orc é suficiente para mantê-las à distância.

Em último caso eu aplico a tática da invisibilidade: Finjo que a criança é invisível, e como estou com o fone de ouvido, sempre é uma boa desculpa.

Não funcionou dessa vez. Uma família se levantou para ir embora. Uma garotinha de 6 ou 7 anos (mas com corpinho de 5, mnham) que já estava me secando largou a mão do pai, já na porta e veio direto pra minha mesa.

Fingi que não era comigo, enquanto os pais olhavam de longe, esperando que eu fizesse festa na menina, como se ela fosse um cachorrinho ou algo assim, afinal não existe criança mais linda do mundo do que o filho deles.

A pequena corujinha começou a gritar “oi! OI! OOOII!!” e eu quieto. Aí a meretriz-miniatura começou a chegar perto do meu rosto! Nisso o pai chamou.

A futura ex-big brother, a futura prima olhou para o pai e disse “Eu quero dar um beijo nele!”

Eu fiz uma cara de nojo digna do Clodovil acordando de ressaca e vendo a Luciana Vendramini do lado dele na cama. “SAI DAQUI!” disse, enquanto me protegia com as mãos.

Nada contra garotinhas, mas meu piso absoluto é a Maioridade Legal. Mesmo assim só em raras exceções. Mulheres mais velhas dão muito menos trabalho.

No caso da garotinha, o pai-cafetão finalmente veio e removeu a criatura, me lançando um olhar de desaprovação. Vejamos se eu entendi: O cara adestra a filha para rodar livremente pelas mesas, para puxar papo com estranhos e até se envolver em atos de afeição FÍSICA e o errado sou eu?

Meu único erro foi achar que pra ser tarado molestador o sujeito tinha que ter poderes Jedi, montar altos esquemas para sequestrar os pimpolhos.

Basta ficar sentado num restaurante e dizer ‘vinde a mim as criancinhas”.

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