quinta-feira, 4 de junho de 2009

"Eu não sei nada. Eu não sei nada! Eu não sei nada!!!"

Drops Inagaki

Semana passada compartilhei, no Twitter, o seguinte pensamento: "Há certos dias em que me sinto como o Chainsaw do Curso de Verão, aquele filme clássico da Sessão da Tarde". Em seguida, transcrevi o diálogo antológico no qual Chainsaw, um dos protagonistas desta comédia de 1987 dirigida por Carl Reiner (que fez outros filmes bacanas como Um Espírito Baixou em Mim e Cliente Morto Não Paga), descrevia um blecaute ocorrido em seu cérebro:
- Você quer ovos fritos ou mexidos?
- Ovos? O que são ovos?
- Como se soletra "gato"?
- Eu não sei. Eu não sei NADA. EU NÃO SEI NADA!
Chainsaw, um dos protagonistas de Summer School ou Curso de Verão, filme de 1987 e hit da Sessão da Tarde
Pois e não é que, por coincidência ou sincronicidade, alguns dias depois uma boa alma disponibilizou esta cena, que descreve perfeitamente o terror vivenciado por vestibulandos e concursandos, no YouTube? E, melhor ainda, em versão dublada!
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Capa da nova edição da SET, que chega às bancas em 5 de junho.O mercado editorial anda periclitante no mundo todo. E aqui no Brasil, notícias como o final melancólico do jornal Gazeta Mercantil, depois de 89 anos de existência, só reforçam essa constatação. Foi um alento, pois, saber que a revista SET, cujo cancelamento havia sido anunciado em abril, não acabou. A publicação volta sob nova direção, capitaneada por Mario Marques, Carlos Helí de Almeida, Marco Antonio Barbosa, Nelson Gobbi e Robert Halfoun. Eu, como cinéfilo cuja formação passou pelas leituras das colunas que nomes como Dulce Damasceno de Brito assinavam na SET (surgida em 1987 como um spinoff da saudosa revista Bizz), torço para que a revista encontre seu público. É uma missão difícil. Em tempos nos quais temos inúmeros blogs de cinema e sites de qualidade como Omelete, Contracampo, Cinética e Cinema em Cena, uma publicação precisa apresentar um diferencial muito grande para motivar leitores a buscarem suas edições em bancas de jornais. Ficarei na torcida para que a SET encontre o seu caminho.
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A capa da nova SET destaca O Exterminador do Futuro - A Salvação, que estreia no Brasil dia 5 de junho. Assisti ao filme na cabine de imprensa e, como adiantei no Twitter, é um blockbuster que dividiu opiniões. O Borbs do Judão, por exemplo, é um que aprovou T4. Diego Maia, por outro lado, reprovou o resultado e chamou o diretor McG de "picotador-freak". Nessas horas, o velho clichê faz todo o sentido: cada cabeça, uma sentença. Eu me diverti pacas com T4. E, ao contrário do Diego, achei sensacional o plano-sequência do helicóptero, logo no começo do filme.
Quem assistiu aos três filmes anteriores curtirá as referências à mitologia Terminator, como a reprodução da fita original que Sarah Connor gravou para o filho e o uso de frases-bordão da saga como "I'll be back" e "come with me if you wanna live". Não tenho como não destacar ainda a trilha sonora do filme, com "Rooster", talvez a melhor música do Alice in Chains, e a inevitável "You Could Be Mine", além da atuação de Sam Worthington no papel de Marcus Wright, um condenado à morte que acaba por se tornar o verdadeiro protagonista da produção. Faço ressalvas quanto ao final do filme (a conclusão original, que foi modificada depois que o roteiro de T4 vazou na Web, era melhor); de qualquer modo, o novo Exterminador é uma sessão pipoca de primeira.
Em tempo: a atuação de Christian Bale no papel de John Connor me fez concordar com a tirada de Gilvan Neco - um filme no qual "Batman combate os Transformers". Mas a melhor de todas as resenhas, até agora, foi escrita por Denis Pacheco do blog Goma de Mascar, que cunhou um texto impecável resgatando os três primeiros filmes da série e relacionando-os com a nova produção. Porém, por estar repleta de spoilers, recomendo que vocês só leiam a crítica depois de terem assistido a T4.
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Nos bastidores do Altas Horas.Graças a uma iniciativa encampada pelo pessoal da Central Globo de Comunicação, estive, ao lado de outros blogueiros como Samantha Shiraishi, Liliane Ferrari e Kako Ferreira, acompanhando uma das gravações do programa Altas Horas, apresentado por Serginho Groisman. Foi uma experiência bacana testemunhar, in loco, o trabalho do Serginho, um cara que acompanho desde os tempos do Matéria Prima e do Programa Livre, em um programa que sempre abriu espaço para a participação dos telespectadores, seja por meio das perguntas feitas pela plateia, seja por meio dos vídeos enviados para a produção.
A edição que acompanhei contou com as participações das simpáticas Alessandra Maestrini, Mariana Gomes e Daiane dos Santos, além de uma banda composta por músicos torcedores do Santos. Mas o grande destaque foi uma entrevista sensacional que Serginho Groisman fez com Ita Rocha, que possui uma singela profissão: carpideira. Em outras palavras: uma choradeira profissional, contratada com a função básica de derramar lágrimas em velórios. Só mesmo vendo pra crer...

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